Strida SX 18"

A Strida enquanto marca está longe de ser novidade por estas bandas. E já passou por muitos estágios desde a sua criação em 85 por Mark Sanders. A nova Strida nada tem a ver com a antiga e esta que chegou tem roda 18"
 

A roda 18 é a versão "performance" da Strida. Pneus mais finos, diâmetro interno maior. Lembra a mesma relação entre a roda 20 - 406 e a 451. Neste caso é 16 (305) vs 18 (355) 
Este tamanho apesar de pouco comum é o usado pela alemã Birdy e pelas japonesas Iruka e Tyrell IVE. A Brompton e Dahon Curl usam um 16 mas com 349mm de diâmetro interno, ou seja é idêntico a esta. 
32-355, significa que tem 32mm de largura e 355mm de diâmetro interno. O pneu de origem é um INNOVA com logo da Strida, antifuro e com pressão de 85psi. Como alternativas há o Schwalbe Kojak e o Marathon 18x1.35 que já foi descontinuado, mas que ainda se encontra por aí. 
Detalhe interessante do indicador de desgaste no meio. Quando começares a ver amarelo no meio já sabes.

Para pneus mais largos convém ser roda 16. O problema é que o custo/benefício da SX é bem melhor. Com a versão SX e por mais 150€ ganhas:

- 1 par de rodas com raios e 18" de diâmetro (as rodas da LT não permitem pneus de melhor qualidade como os Marathon ou Big Apple) - 250€
- 1 par de pneus antifuro e de grande pressão - 70€
- suporte traseiro de alumínio em vez de plástico - 40€
- Apertos rápidos no selim que é um sistema em si pouco rápido para ajustar, mais ainda se for aperto fixo. S/N
- Descanso - 35€
- Pedais dobráveis de alumínio Wellgo - 45€
- terminal de guardalamas - 12€

450€! E não estou a incluir mão de obra de montagem. 
Por outras palavras a versão LT é boa para quem não é muito exigente na estrada e quem não quer fazer rigorosamente upgrades. Eventualmente o descanso que é sempre útil

Adiante



Este cubo é uma das peças fundamentais para o sistema funcionar. é aqui onde encaixa o cubo da roda da frente e o eixo não obriga um tubo de cada lado como nos quadros convencionais.

Descanso robusto e ajustável 

Os tais apertos rápidos que falava. Um exclusivo da SX



A Ming Cycles é uma empresa de Taiwan que detém os direitos de produção e promoção da Strida. 

Lembrando que a Strida funciona com correia em vez de corrente. Um sistema que não suja, não faz barulho, não chateia, não nada. E ainda dura uma vida. 

Uma chapa S na testa e a marca na lateral do quadro

Um dos aspectos técnicos que a destingem da concorrência. Travões de disco. É certo que agora começam a aparecer nas dobráveis, mas na Strida tem sido assim desde que foi para Tawain. E estes funcionam muito bem.

a passagem de cabos por dentro do quadro protegida aqui com uma mola

A Strida é uma bicicleta com muita presença. Ninguém fica indiferente. Podes ter uma bicicleta de alta gama nas mãos, se passar alguém com uma Strida rouba-te a atenção. Não é que isso seja bom, não gosto nada de dar nas vistas (e só tinha a ganhar com isso)

um selim confortável com respiração. 

O suporte de origem das versões SX e EVO é de alumínio. Suporta 10kg. Ao contrário do de plástico de 5kg da LT. 



 
Os pedais Wellgo de alumínio e anti derrapantes. 

Este perne sustenta toda a tensão do quadro. Carregas no botão em cima e libertas o tubo para poder dobrar

 
Outra particularidade das Stridas, um pequeno cordel em cada ponta do guiador que permite apertar a  manete e por conseguinte travar as rodas para não deslizar e cair quando estiver dobrada e ao alto.

Dobrada os tubos apenas ficam pressionados entre eles por intermédio desta borracha. O sistema funciona impecavelmente, não é evasivo, não estraga a pintura. Eventualmente terás de trocar a borracha ao fim de uns anos.

Rodas alinhadinhas, prontas a rolar como se fosse um carrinho de bebé fechado. Sem filmes

Pormenor dos cubos unidos por sistema magnético muito forte. 

o suporte traseiro serve para pequenas cargas e também de descanso para quando estiver dobrada. 
Gostaria que a LT viesse com este suporte por mais uns trocos. Aumenta significativamente a estabilidade e é muito mais útil para cargas.

 

O guiador apesar de ser separado, não tem qualquer oscilação. O sistema é muito robusto e prático. Não se fica com aquela preguiça típica do "não vale a pena a chatice de dobrar o guiador". Nada, é simples, rápido e vale a pena fazer sempre, porque a grande vantagem da Strida quando dobrada é a dimensão em largura. 

A Strida é bicicleta para curtas deslocações, independentemente se é a de 16 ou 18. Para mim teria de ser sempre a 18, a LT tem alguns compromissos, como a pouca velocidade e ter de trocar de rodas se quiser melhores pneus. Depois há a EVO que tem um cubo de 3v da Sturmey Archer que permite mais velocidade e também melhores subidas. 

A Strida pode funcionar bem como única bicicleta, mas no meu caso que preciso de transportar uma criança regularmente vejo-a como N+1. O que quero dizer é que as nossas necessidades vão mudando, não digo que seja impossível ter uma única bicicleta a vida inteira, mas é isso é altamente improvável. A Strida é uma bicicleta individual, praticamente sem manutenção e que permite levar algumas compras ou a pasta do trabalho e permite uma experiência brutal se combinada com TP ou automóvel. É também uma boa bicicleta para entrar em sítios (comércio, serviços, torniquetes do metro...) a experiência é semelhante à de empurrar um carinho de bebé.

Podes ver a colecção completa aqui: bklisboa.pt/strida

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