Ecopista do Dão - parte 2

A 4ª e última etapa do nosso roteiro, que começou em Aveiro e acabou no final da Ecopista do Dão em Santa Comba Dão.

ponte ferroviária - km 45
Recordando que fizemos estas voltas numa combinação carro + bicicleta  ao contrário do habitual. Normalmente fazemos de comboio, mas como tínhamos mais objetivos para além das ecopistas, foi a melhor opção desta vez. Para quem vem em exclusivo para isto, o comboio ou expresso é o perfeito porque não ficas limitado. Podes fazer toda a ecopista sem necessidade de voltar pelo mesmo caminho e assim aproveitar melhor. 

Depois de termos voltado de autocarro para a nossa casa emprestada, carregamos o carro e rumámos a S. Comba Dão, onde termina a Ecopista do Dão. 

Tondela fica a meio do percurso (km 28.5). A ecopista está dividida por cores no piso, Viseu vermelha, Tondela verde e Dão azul. 
Estas fotos tirei num dia chuvoso quando fomos à Serra do Caramulo. Esta é a antiga estação muito bem conservada 
Como era antigamente :) 

Este ponto da ecopista está muito bem equipado, estação de lavagem de bicicletas, wc, estacionamento (incluindo posto de carregamento para carros eléctricos!) restaurantes por perto, supermercados, dormidas... perfeito para uma paragem grande ou pernoitar. 

S. Comba Dão
O ponto de partida pode ser na estação, mais concretamente na freguesia do Vimieiro. Atenção que dista cerca de 5km de S. Comba Dão. Faz parte da Linha da Beira Baixa, por onde passavam os 2 comboios internacionais SudExpress e Lusitânia que a pandemia (e o governo Espanhol) decidiram suprimir. Agora só mesmo os regionais e intercidades.
A linha é em via única eletrificada. Para passar neste viaduto de onde tirei foto precisas de fazer o caminho pelo lado direito da estação (voltado para norte). É mais longe, mas sempre por estrada. Ainda assim achei mais interessante e prático fazer pelo lado direito por caminho sem asfalto e gravilha. 
 
Não encontro a foto do km 49.5 bolas, será que me esqueci de tirar? Aqui já tínhamos mais 5km nas pernas porque começamos do lado esquerdo da estação. 
as mini bikes da Dahon que não nos deixaram ficar mal 

A paisagem que encontrámos no Dão é um pouco diferente da do Vouga. O vale é mais aberto, vê-se mais azul, tanto do céu como do rio e o silêncio ainda é maior tendo em conta que estamos mesmo muito afastados das nacionais O Vouga é mais romântico atravessando vilas e túneis e o Dão é mais cênico, embora isto seja relativo e tenha pouco significado porque somos todos diferentes e o que interessa é o sentimento de cada um quando está no local


Brutal. Claro que não vou descarregar aqui o rolo da máquina, assim estrago-te a surpresa. :)) E já descarrego mais do que devia. 

A chegada à primeira ponte ferroviária (Km 45)


Depois da ponte tens hipótese de ter um contacto mais próximo com o rio neste prado verdejante onde pelos vestígios percebi que é regularmente usado para a pastorícia. Encontrei também um pescador. 
As ecopistas são excelentes também para quem gosta de encontrar tesouros ligados à ferrovia. Placas, sinais, ruinas, carris. Já reparei que existe uma grande resistência dos amantes da ferrovia principalmente das gerações mais antigas, porque vêm nelas a representação do seu declínio. Como se fossem as culpadas. Gostava muito que ultrapassassem isso porque na verdade a ecopista deu oportunidade a todos de voltar a atravessar os canais embora de outro modo, mas o espírito continua muito presente.


Treixedo ao Km 43. A primeira estação nesta zona.
Treixedo em 1975 
Lembrando que a ecopista do Dão tem 49.5km de Santa Comba Dão a Viseu

Ao longo da ecopista vamos encontrando informação útil 


Atenção que não há nada na estação a indicar o início da Ecopista e logo por aqui se vê a falta de visão habitual e que podia permitir que mais pessoas explorassem. Podiam até ter alguns cartazes e folhetos na estação. Tens de fazer a plataforma do lado direito para norte até ao fim do cais 
Aqui já foi na volta, para lá fomos pelo lado esquerdo. 

O fim do cais da estação. É mais fácil e menos demorado por aqui. 

E pronto, acabou-se o passeio :( de volta para a capital e para a guerra das ciclovias
Obrigado por estares aí. Qualquer dúvida escreve em baixo que respondo. 


Comentários

  1. Já fiz com a minha Tern Node D8, essa ecopista. Vou ai voltar concerteza, é espetacular :)

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    1. Grande Bruno obrigado pelo testemunho. Provavelmente farei o mesmo, mas de comboio, assim como as outras no norte. Quem sabe uma organização de pessoal com dobráveis, pensarei nisso

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  2. Maravilha! Foi este artigo que me levou a procurar uma Piccolo em segunda mão, o que foi tarefa quase impossível! La me safei em Espanha, depois restaurei, troquei peças pesadas por leves, pu-la ao estilo Minivelocentral com pneus Black Jack e um ortlieb no porta bagagens traseiro, shift de mudanças SA alavanca etc..So me falta ir fazer o percurso. Obrigado por me chamar a atenção para esta ecopista e por me dar a conhecer a Dahon Piccolo.

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    1. fico mesmo feliz por isso! Nem sei como também consegui uma cá (a segunda!), é mesmo raro. os Black Jack são excelentes para esses caminhos mas talvez altere no futuro para os marathon 16x1.75 que são melhores para piso liso e mais anti-furo. Essa tem cubo Sturmey? A minha calhou o da Sram.

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    2. outra coisa confirma o aperto da dobradiça. apesar de ter o tubo superior, não deve haver folga. Pode existir uma muito pequena oscilação quase impercetível, não mais do que isso. Também não pode estar com extra aperto, o suficiente para se conseguir fechar com uma mão, sem muito esforço

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    3. É de cubo 3 mudanças, vi me Grego para acertar na afinação.. até mandei vir um veio original mais comprido porque em todo o lado diziam que tinha que ultrapassar 1 a 2 mm para fora, nao me dei bem com isso e acabei por instalar o antigo que é bastante curto. Encontrei um tutorial simples em que se estiver na primeira mudança e se puxar na correntezinha deve ter folga de meio link, até agora passa bem sem problemas. O espigão de direção era telescópico, comprei um em segunda mão inteiriço, pintei de preto e dei uma laqueação, ficou como novo, para combinar com o espigão de selim. Punho ergon daqueles largos, manetes avid pretas, os v brake de origem mantive pois travam muito bem, até demais. So me falta um pedaleiro com menos dentes, procuro um Sugino ou Truvativ em preto para não destoar, outras dahon têm dessa marca. Menos dentes pois acho que as relações estao mal pensadas, ando em primeira mudança praticamente sempre mesmo em reta, gostava de usar mais a segunda e e passar para primeira mesmo quando fosse para subir.

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